Conheça o Dr. Marcos André, MSc
A instabilidade do ombro é a incapacidade de manter a cabeça umeral centrada na glenoide (componente escapular da articulação glenoumeral) durante os movimentos, associada a sintomas (normalmente a dor). Frequentemente, a instabilidade decorre de um evento traumático prévio (com ou sem luxação) ou de solicitações excessivas das estruturas ligamentares (“ombro do atleta”).
Desta forma, podemos ter lesões labiais e ligamentares:
A SLAP lesion é uma lesão descrita através de uma sigla em inglês que significa lesão labial superior de posterior para anterior. É uma lesão da inserção da cabeça longa do bíceps braquial que atravessa as estruturas do ombro para se inserir no polo superior da glenoide.
Cada perfil de paciente e tipo de instabilidade devem ser avaliados cuidadosamente pelo seu médico ortopedista para orientação adequada do tratamento que pode ser conservador ou cirúrgico (cirurgia aberta ou videoartroscópica).
Todas essas lesões causam instabilidade do ombro e merecem avaliação através de um completo exame físico, radiográfico e por ressonância nuclear magnética (com ou sem contraste).
Cabe ressaltar que a utilização da articulação do ombro com instabilidade, tendo inúmeros “falseios” (subluxações) ou “tirar do lugar” várias vezes (luxações) causam perdas ósseas por microfraturas compressivas. Estas perdas ósseas podem acontecer na cabeça umeral (Hill-Sachs lesion), na glenoide (Bankart ósseo) (Fig 2) ou em ambas as localizações (perda óssea bipolar) . Nestes casos, seu ortopedista deverá dimensionar as perdas e decidir a melhor técnica de correção. Perdas ósseas importantes tendem a ser corrigidas com cirurgias mais agressivas (tanto por videoartroscopia (Fig 3, Vídeo 1, 2 e 3) quanto por técnica aberta (Fig 4 e 5)) .
Vídeo 1 – Preparo do leito ósseo umeral proximal para tenodese do infra-espinal via artroscópica na técnica de Remplissage para instabilidade com perda óssea.
Vídeo 2 – Preparo do leito ósseo umeral proximal para tenodese do infra-espinal via artroscópica na técnica de Remplissage para instabilidade com perda óssea.
Vídeo 3 – Relação da anatomia videoartroscópica entre os defeito ósseo umeral proximal (recebendo as âncoras) e a lesão de Bankart na glenoide na técnica de Remplissage.
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