Abordagem geral

O tríceps é um músculo na parte de trás do braço que ajuda a estender e dar estabilidade do cotovelo. Origina no ombro, cruza a articulação do cotovelo e se liga à ulna, um dos ossos do antebraço. Como o nome sugere o tríceps tem três componentes ou “cabeças”: a cabeça longa origina-se do tubérculo infraglenoidal da escápula, e as cabeças lateral e medial originam-se do lado posterior do úmero (Fig 1).

Fig 1 –  Ilustração do músculo tríceps, localizado na face posterior do braço e se inserindo na região proximal da ulna ao nível do cotovelo (olécrano)

Uma ruptura distal do tríceps é uma separação do tendão que prende o músculo ao osso no cotovelo ou próximo a ele. Uma lesão completa é chamada de ruptura. As rupturas são raras na população em geral, pois requerem força substancial. Eles geralmente ocorrem após uma lesão esportiva ou uma queda traumática. Uma doença médica subjacente ou o uso de esteroides anabolizantes podem aumentar o risco de uma ruptura parcial ou completa do tríceps. Os efeitos de uma ruptura completa do tríceps podem afetar muitos aspectos da vida de um paciente, porque eles não podem empurrar com os braços (sair da cadeira, cama ou sofá).

   Os sintomas de uma ruptura do tríceps;

> Dor aguda ao endireitar ou dobrar o cotovelo;

> Dor e inchaço na parte de trás do braço perto do cotovelo;

> Um ruído de “estalo” no momento da lesão;

> Uma grande protuberância no braço.

Diagnóstico

As rupturas do tríceps são diagnosticadas por meio de um exame físico, raios-X e, às vezes, outros exames de imagem, como uma ressonância magnética (Fig 2).

Cada ruptura do tríceps é diferente. Algumas lesões são pequenas em tamanho, de natureza crônica e podem ser tratados não cirurgicamente com repouso e aplicação de gelo no braço, imobilização temporária e/ou fisioterapia. Se uma ruptura do tríceps for completa e o nível de atividade e objetivos funcionais do paciente for alto, a correção cirúrgica se faz necessário.

Fig 2 – Imagem de Ressonância Nuclear Magnética demonstrando (setas vermelhas) a lesão do tendão do músculo tríceps braquial.

Cirurgia e recuperação do tríceps 

Se a cirurgia for recomendada, ela deve ser feita de forma relativamente rápida (ou seja, dentro de duas a três semanas após a lesão). Com o tempo, o tendão e o músculo podem começar a cicatrizar e encurtar, dificultando a correção do problema.

A cirurgia envolve recolocar o tendão rompido na região proximal da ulna (um dos ossos do antebraço) com furos ou âncoras ósseas (Fig 3). A recuperação do reparo do tríceps depende da natureza e gravidade da lesão inicial, bem como da saúde e idade do paciente.

Fig 3 – Ilustração da técnica cirúrgica de reparo do tendão do tríceps braquial utilizando âncoras de reinserção óssea.

Após a cirurgia, o braço é imobilizado em uma tala por aproximadamente quatro semanas para protegê-lo. A medicação para dor pode ser tomada para aliviar o desconforto e o paciente pode precisar de ajuda para comer, tomar banho e se vestir.

Depois que a tala é removida, uma tipoia removível que permite que o cotovelo dobre deve ser usada por até seis semanas. A fisioterapia é recomendada para recuperar o movimento e a força do cotovelo.

Durante o acompanhamento das consultas, o Dr. Marcos André realiza um exame físico para monitorar o progresso da cicatrização. Ele também informa quando o paciente pode retomar o trabalho e outras atividades normais. Após a cirurgia, pode levar até um ano para recuperar toda a amplitude de movimento e força.

Para obter mais informações sobre como reparar um tendão do tríceps rompido, marque uma consulta com o cirurgião ortopédico de Rio Grande, Dr. Marcos André, MSc.